O Q de TOBIN e medidas de desempenho
Evidências de empresas do setor de consumo não cíclico da [B]³
DOI:
https://doi.org/10.26853/Refas_ISSN-2359-182X_v10n05_02Palavras-chave:
Q de Tobin, Medidas de Desempenho, Avaliação de EmpresasResumo
A expressividade do setor de consumo não cíclico no desenvolvimento econômico dos países é notória por alcançar quase toda a população. No âmbito decisório, a utilização da análise técnica das demonstrações contábeis é um dos principais instrumentos. Já modelos de avaliação de investimentos que aplicam medidas financeiras com embasamento no mercado, como o Q de Tobin, ainda é principiante na literatura nacional. Dessa forma, o objetivo do artigo é analisar a existência de relação entre o Q de Tobin e medidas de desempenho em empresas do setor de consumo não cíclico listadas na [B]³. Para tal, delineou-se ao estudo como sendo descritivo, documental e quantitativo. A amostra final é composta por 17 empresas listadas no mercado de capitais brasileiro, totalizando 85 observações. Para a coleta dos dados utilizou o Economática®, sendo possível capturar as informações para mensurar todas as variáveis do estudo, sendo o Q de Tobin como a variável dependente e o Retorno Sobre o Ativo (ROA), Retorno Sobre o Patrimônio Líquido (ROE), Retorno Sobre Investimentos (ROI), Retorno Sobre Vendas (ROS) e Margem Líquida Operacional (MLO) definidas como as variáveis independentes. Para analisar os dados utilizou-se a regressão linear múltipla, com o software SPSS versão 28. Os resultados apontam que o ROA e o ROI são significativos em relação ao valor do Q de Tobin das empresas estudadas, enquanto o ROE, ROS e MLO apresentaram relação não significativa. O estudo contribui tanto para o campo teórico como para o campo prático ao evidenciar medidas de desempenho que podem impactar na criação de valor das organizações.
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